10/05/2013
Em meio as palestras e mesas redondas realizadas no I workshop sobre a mecanização da cacauicultura foram abordados vários temas no intuito de se achar meios para alavancar de vez a mecanização da sofrida lavoura cacaueira. Nesse evento do I workshop sobre a mecanização da lavoura cacaueira 3 ponto chamaram a minha atenção...

O primeiro ponto que me chamou a atenção foi que: em uma das discussões eu vi de um lado os produtores rurais ou seus representantes e de outro lado os representante (de quem queria vender) de algumas empresas discutindo como seria o modelo ideal de certo maquinário para auxiliar por exemplo na poda das arvores, um falou uma coisa, outro falou outra coisa e nada objetivo era concluído no sentido de desenvolver o melhor método , confesso que em dado momento eu fiquei pasmo! É isso mesmo! Porquê? Porque foi cogitado até o uso de rapel para se fazer a poda das arvores, mas como assim, rapel??? Bom, como esportista eu conheço o traçado da coisa e que eu saiba o rapel é uma modalidade, não sei se posso dizer esportiva mas de extrema complexidade onde exige muita habilidade em seu manuseio para que qualquer um (trabalhador rural) despreparado venha operar, para quem não sabe isso exige um curso especializado, alem do mais já imaginou o quando de tempo seria gasto empregado só nisso, tira e bota, tira e bota e o alto custo que seria para se fazer a poda de arvore por arvore por meio do rapel em uma fazenda de cacau? Não daaaa´!!!!
Talvez exista sim uma forma de se fazer um maquinário eficiente do tipo rapel para tal fim, mas o que eu queria ver mesmo era alguém que pudesse falar isso com propriedade e quem o pode fazer isso são os engenheiros das referidas empresa do setor as quais enviaram para o workshop apenas as suas equipes táticas de vendas. Porem, para tanto seria de suma importância que alem de de informações se faça necessário que os engenheiros venham as roças de cacau para na pratica conhecerem de fato como funciona o circulo tradicional da lavoura cacaueira, desde o plantio de uma mudinha, a manutenção do cacaueiro, saber o que é um podão, o que é um biscó, o que é um tacape, o que é um bodôgo, como se faz a poda, a colheita, a quebra ou bandeirar o cacau, o transporte do cacau mole até os cochos, o que é uma barcaça ou secador de estufa e como se turia a lenha para a secagem, saber sobre a fermentação, a secagem das amêndoas e por fim ver o cacau prontinho embalado em saco de linhagem de 60kg para ser transportado ao armazém mais próximo Ai SIM!!! Melhor do que ninguém ele, o próprio engenheiro munido dessas micros experiencias irá dar o diagnostico se sim ou se não é possível desenvolver o maquinário para tal e tal fim da mecanização da lavoura cacaueira.
Ainda no assunto da mecanização para o cacau foi mencionado a criação de uma colheitadeira para o cacau, algo parecido com a que foi desenvolvida para a colheita do café como foi exemplificado. Eu creio que esse também será um grande desafio para o ''professor pardal'' de cada empresa dessas que pretendem mecanizar a lavoura cacaueira. Todos sabemos que há grande diferença entre um pé de cacau e um pé de café, diferença também no modo de colheita, porque na colheita do café o referido maquinário faz um movimento ou balanço para os frutos se desprenderem dos galhos, diferente do cacau que exige-se força, e talvez o mesmo método não seja adequado, porque vemos que manualmente para se tirar um cacau do pé imprimimos força mesmo com o podão amolado, outro fator são os espaçamento entre uma cacau e outro no pé diferente do café que tem as suas hastes carregadas com café, alem do mais que tipo de maquina colheitadeira para cacau se adaptaria bem com baixo custo ao tipo de terrenos irregulares e bastante acidentados como o que cobre a maior parte das roças de cacau do sul da Bahia? Não estou com isso sendo negativo com relação a proposta de mecanização da lavoura cacaueira, estou apenas levando em consideração que trata-se de uma região falida!!! O fato é que algumas maquinas realmente funcionam e são uma mão na roda como o secador elétrico de cacau que foi apresentado que faz o movimento circular e prepara as amêndoas em um curto espaço de tempo comparando-se aos secadores tradicionais já existentes. Já outros maquinário ainda não há certeza se vai das certo ou não e confesso, estou muito curioso, agora o é aguardar o próximo workshop pra ver!
O segundo ponto que me chamou a atenção no evento foi a demonstração de uma maquina que uma empresa local apresentou, a maquina opera fazendo abertura de covas e tem uma capacidade incrível de abrir covas de até 30cm, uma verdadeira mão na roda para o pequeno produtor! Pelo custo beneficio vale a pena o investimento onde rende no ganho de tempo e na capacidade de produtividade da maquina. veja a maquina nas fotos
O terceiro ponto que me chamou a atenção no evento foi o Cacau break!!!
Finalmente, pude contatar que mudou-se a mentalidade da tradição, ou seja, nos evento da região principalmente ligado aos negócios venho notando que ao invés de continuarem usando o nome ''Coffee break'' passou-se a adotar o nome original o qual sempre deveria ser usado, o ''Cacau break''!!! A proposito o ''Cacau break'' do I workshop sobre a mecanização da cacauicultura tava divino, foi de excelente qualidade! Olha tinha um salgado mesmo lá que era assim, com recheio de camarão que tava uma delicia! Outro salgado que tava bom foi a aquelas bolinhas de queijo huuuuuummmmmmmmmmmmm!!!! Só quem não deu as caras por lá foi um suco de cacau, no seu lugar foi o suco de cupuaçu (primo mais próximo do cacau), mas tá valendo, tava tudo muito ótimo!!!
Ass:
Marcos Antonio
Agricau - Agricultura cacau ME
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