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Produção de mudas de cacau na Bahia será intensificada


11/01/2013
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Potencializar a capacidade de produção de mudas e fortalecer a assistência técnica aos produtores foram alguns dos pontos discutidos durante a reunião do Conselho do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), que contou com a participação do diretor geral da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Helinton Rocha. O encontro foi realizado no auditório da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri), na manhã da última quarta-feira (9).

O secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, que participou da reunião, explicou que o evento teve o objetivo de organizar as ações para intensificar a atuação do IBC. "Pontuamos as atividades que deram certo até agora, aquelas que não foram bem sucedidas e o que precisamos melhorar", disse. 
O presidente do IBC, Henrique Almeida, destacou que na produção de mudas "Avançamos bastante no último ano, mas ainda precisamos produzir mais, pois temos uma demanda de 15 milhões de mudas, somente por parte da agricultura familiar, sendo que a previsão anual de produção é de 1 milhão e 100 mudas".

Além de destacar que a Ceplac tem papel importante no desenvolvimento de mudas sadias, resistentes e com boa produtividade, o diretor geral do órgão, Helinton Rocha, disse que os encontros também impulsionam a busca pela melhoria na produção. "O diálogo é importante para que o resultado apareça de forma que o produtor que vai receber as mudas consiga também melhorar a economia local, gerando emprego e renda e abastecendo o mercado brasileiro", disse.
Também estavam presentes na reunião, o diretor de pesquisas da Ceplac, Adonias Filho; o presidente da APC, Guilherme Galvão, a diretora geral da Seagri, Jucimara Rodrigues; os conselheiros administrativos da Biofábrica, Edimar Sodré, Luiz Henrique Dias, Jorge Ribeiro Carrilho e Robson Vasconcelos, o conselheiro fiscal José Maltez, o superintendente da Agricultura Familiar da Seagri, Wilson Dias, além de representantes da Adab e da Ebda.
O Instituto Biofábrica de Cacau é uma organização Social vinculada ao governo do Estado. Tem como um de seus objetivos a produção de mudas clonais. Localizado no povoado de Banco do Pedro, o mais populoso do município de Ilhéus, é responsável pela multiplicação de clones resistentes a doença conhecida como vassoura-de-bruxa. Possui a maior área de viveiro em campo aberto do mundo. São 40 mil metros com capacidade de armazenar 4.8 milhões de plantas. No local está instalado um dos mais modernos laboratórios de micropropagação do Brasil. O órgão possui 210 colaboradores em seu quadro, é o maior empregador da zona rural ilheense.
A Seagri, através da Superintendência da Agricultura Familiar, disponibiliza anualmente aproximadamente R$ 3 milhões para a produção e doação, de mudas de cacau, frutíferas e essências florestais, visando o incremento da produção de cacau e a diversificação da produção na região sul do estado.
Fonte:
Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri)
Assessoria de Imprensa

NOVA CARGA DE CACAU CONTAMINADO FICA RETIDA NO PORTO DE ILHÉUS

Janeiro 08/01/2013


Um carregamento de cacau proveniente da Indonésia se encontra retido no Porto de Ilhéus e mais uma vez o motivo é a contaminação das amêndoas por larvas de insetos. Segundo informações obtidas pelo PIMENTA, a presença do agente nocivo é maior do que a identificada em uma carga embargada no mês de julho de 2012 (veja logo abaixo) Em ambos os casos, a importadora da matéria-prima foi a multinacional Cargill, mas no ano passado o fruto era procedente da Costa do Marfim. A Nestlé também enfrentou o mesmo problema recentemente.

A retenção do cacau contaminado foi determinada pela fiscalização do Ministério da Agricultura. Há pouco mais de seis meses, quando foram identificadas as primeiras cargas com larvas de insetos, sindicatos de produtores rurais da região protestaram contra a Instrução Normativa 47/2011, do órgão federal, que atenuou os rigores para a importação da matéria-prima.
Cacauicultores temem que a entrada de cacau com agentes nocivos desencadeie o surgimento de uma nova praga na lavoura da região.

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                                        Navio que trouxe carga de cacau embargada no porto de Ilhéus.

Mais uma carga de cacau em amêndoas foi retida ontem, 31, no Porto de Ilhéus, pela fiscalização do Ministério da Agricultura (Mapa). Dessa vez, são cerca de seis mil toneladas adquiridas pela Cargill que apresentam larvas e pupas de inseto encontrado nas lavouras de São Pedro, Costa do Marfim, no continente africano. A carga veio ao Brasil no navio Sabina e está no depósito do importador, onde aguarda liberação.

Há 15 dias, a importação de 4 mil toneladas de cacau marfinense com insetos pela Nestlé, de Itabuna, no navio Impala, acendeu a luz vermelha entre as representações dos produtores de cacau que temem a disseminação de mais uma praga na lavoura. Os sindicatos rurais de Itamari e Ilhéus ingressaram com ações na Justiça Federal, em Ilhéus, para cessar os efeitos da Instrução Normativa nº 47/2011 do Mapa, que abrandou as exigências de importação.

Os cacauicultores alegam que a região cacaueira sul baiana está em processo de recuperação dos graves efeitos da vassoura-de-bruxa, cujo fungo foi criminosamente introduzido na lavoura baiana, no final da década de 80, de acordo com investigações inconclusivas da Polícia Federal. Há o temor de que continue a importação de mais cacau africano sem prévia fiscalização no porto de origem, como acontecia antes da IN nº 47/2011.

Após a primeira ocorrência, o Ministério determinou à Ceplac a emissão de laudos de qualidade e entomológicos, que concluíram não ser a praga de importância quarentenária para o Brasil. Além disso, foi recomendado que a carga da Nestlé passasse pela aplicação de fosfoxina para eliminar os riscos de contaminação.


Fonte: Seu Pimenta