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Documentário o NÓ. Vale a pena conferir! Retrata uma coisa grave, o primeiro crime de terrorismo biológico cometido no Brasil, especificamente aqui na região cacaueira do sul da Bahia.



Documentario Nó e entrevista com o autor Dilsom Araujohttp://www.youtube.com/watch?v=y8vQnuO0mVA


Veja mais sobre o assunto: Terrorismo biológico


Petistas são acusados de disseminar a praga 
que destruiu a lavoura de cacau no sul da Bahia

Policarpo Junior

Anderson Schneider
Franco Timóteo, que confessa o crime: o plano era minar a influência política dos barões do cacau
No dia 22 de maio de 1989, durante uma inspeção de rotina, um grupo de técnicos descobriu o primeiro foco de uma infecção devastadora conhecida como vassoura-de-bruxa numa plantação de cacau no sul da Bahia. A praga é mortal para os cacaueiros. Os técnicos, porém, se tranqüilizaram com a suposição de que se tratava apenas de um foco isolado. Engano. Em menos de três anos, de forma espantosamente veloz e estranhamente linear, a vassoura-de-bruxa destruiu as lavouras de cacau na região – e fez surgir um punhado de explicações para o fenômeno, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana. Reforçando, então, as suspeitas de sabotagem, técnicos encontraram ramos infectados com vassoura-de-bruxa amarrados em pés de cacau – algo que só poderia acontecer pela mão do homem, e nunca por ação da própria natureza. A Polícia Federal investigou a hipótese de sabotagem, mas, pouco depois, encerrou o trabalho sem chegar a uma conclusão. Agora, dezessete anos depois, surge a primeira testemunha ocular do caso. Ele conta que houve, sim, sabotagem, só que realizada por brasileiros.
Em quatro entrevistas a VEJA, o técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, baiano, 54 anos, contou detalhes de como ele próprio, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para conceber e executar a sabotagem. O grupo, que já atuava em greves e protestos organizados na década de 80 em Itabuna, a principal cidade da região cacaueira da Bahia, pretendia aplicar um golpe mortal nos barões do cacau, cujo vasto poder econômico se desdobrava numa incontrastável influência política na região. O grupo entendeu que a melhor forma de minar o domínio político da elite local seria por meio de um ataque à base de seu poder econômico – as fazendas de cacau. "O imperialismo dos coronéis era muito grande. Só se candidatava a vereador e prefeito quem eles queriam", diz Franco Timóteo. A idéia, diz ele, partiu de Geraldo Simões, figura de proa no PT em Itabuna que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo – Everaldo Anunciação, Wellington Duarte, Eliezer Correia e Jonas Nascimento – tinham perfil idêntico: eram todos membros do PT e todos trabalhavam na Ceplac.

Roberto Setton
O fazendeiro Ozéas Gomes, que viu seu negócio murchar com a praga: "Fiquei com muita raiva"
Franco Timóteo conta que, bem ao estilo festivo da esquerda, a primeira reunião em que o assunto foi discutido aconteceu num bar em Itabuna – o Caçuá, que não existe mais. Jonas Nascimento explicou que a idéia era atingir o poder econômico dos barões do cacau. Geraldo Simões sugeriu que a vassoura-de-bruxa fosse trazida do Norte do país, onde a praga era – e ainda é – endêmica. Franco Timóteo, que já morara no Pará em 1976, foi escolhido para transportar os ramos infectados. "Então eu disse: 'Olha, eu conheço, sei como pegar a praga, mas tem um controle grande nas divisas dos estados'." Era fim de 1987, início de 1988. Apesar do risco de ser descoberto no caminho, Franco Timóteo foi escalado para fazer uma primeira viagem até Porto Velho, em Rondônia. Foi de ônibus, a partir de Ilhéus. "Em Rondônia, qualquer fazenda tem vassoura-de-bruxa. Nessa primeira viagem, peguei uns quarenta, cinqüenta ramos. Coloquei num saco plástico e botei no bagageiro do ônibus. Se alguém pegasse, eu abandonava tudo." Nos quatro anos seguintes, repetiria a viagem sete ou oito vezes, com intervalos de quatro a seis meses entre uma e outra. "Mas nas outras viagens trouxe os ramos infectados num saco de arroz umedecido. Era melhor. Nunca me pegaram."


Franco Timóteo conta que, quando voltava para Itabuna, entregava o material ao pessoal encarregado de distribuir a praga pelas plantações. A primeira fazenda escolhida para a operação criminosa chamava-se Conjunto Santana, ficava em Uruçuca e pertencia a Francisco Lima Filho, então presidente local da União Democrática Ruralista (UDR) e partidário da candidatura presidencial de Ronaldo Caiado. Membro de uma tradicional família cacaueira, Chico Lima, como é conhecido, tinha o perfil ideal para os sabotadores: era grande produtor e adversário político. "Chico Lima era questão de honra para nós", diz Franco Timóteo. Foi justamente na fazenda de Chico Lima que foi encontrado o primeiro foco de vassoura-de-bruxa, em 22 de maio de 1989 – e a imagem dos técnicos, no exato momento em que detectam a praga, ficou registrada numa fita de vídeo à qual VEJA teve acesso. Como medida profilática os técnicos decidiram incinerar todos os pés de cacau da fazenda. Chico Lima ficou arruinado. Hoje, arrenda as terras que lhe restam e vive dos lucros de uma distribuidora de bebidas. Informado por VEJA da confissão de Franco Timóteo, ele lembrou que sempre se falou de sabotagem – mas de estrangeiros – e mostrou-se chocado. "Isso é um crime muito grande, rapaz. Os responsáveis têm de pagar", disse.


Os ataques às fazendas, todas situadas ao longo da BR-101, aconteciam sempre nos fins de semana, quando diminui o número de funcionários. O grupo tinha o cuidado de usar um carro com logotipo da Ceplac para criar um álibi: se eles fossem descobertos por alguém, diriam que estavam fazendo um trabalho de campo. "A gente chegava, entrava, amarrava o ramo infectado no pé de cacau e ia embora. O vento se encarregava do resto", conta Franco Timóteo. Para dar mais verossimilhança a uma suposta disseminação natural da vassoura-de-bruxa, o grupo tentou infectar pés de cacau numa lavoura mantida pela própria Ceplac. Não deu certo, devido à presença de um vigia, e o grupo acabou esquecendo, no atropelo da fuga, um saco com ramos infectados sobre a mesa do escritório da Ceplac. A operação criminosa, por eles apelidada de "Cruzeiro do Sul", desenrolou-se por menos de quatro anos – de 1989 a 1992. "No início de 1992, parou. Geraldo Simões disse que a praga estava se propagando de forma assustadora. Não precisava mais."


Haroldo Abrantes/Ag. A Tarde
Beto Barata/AE
Geraldo Simões: ascensão política depois da sabotagemEveraldo Anunciação: cargo no governo federal
Os sabotadores nunca foram pegos, mas deixaram muitas pistas. "Encontramos provas de que houve sabotagem em várias fazendas", conta Carlos Viana, que trabalhava como diretor da Ceplac quando a praga começou a se disseminar. Ele se lembra do saco plástico esquecido sobre a mesa do escritório da Ceplac numa das lavouras – e isso o levou, inclusive, a acionar a Polícia Federal para investigar a hipótese de sabotagem. "Uma coisa eu posso garantir: os focos não foram acidentais", diz Viana, que deixou o órgão e tem hoje uma indústria de óleo vegetal. Um relatório técnico e oficial, elaborado pela Ceplac logo no início das investigações, chegou a considerar a hipótese de que produtores do Norte do país teriam levado a vassoura-de-bruxa para as plantações da Bahia – mas movidos por "curiosidade ou ignorância". O relatório afirma que a chegada à Bahia daCrinipellis perniciosa, nome científico do fungo causador da vassoura-de-bruxa, "não pode ser atribuída a agentes naturais de disseminação". VEJA consultou Lucília Marcelino, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, para saber se a história contada por Franco Timóteo seria viável. "Sob o ponto de vista técnico, sim", diz ela.
A sabotagem produziu um desastre econômico. Derrubou a produção nacional para menos da metade, desempregou cerca de 200.000 trabalhadores e fez com que o Brasil, então o segundo maior produtor mundial de cacau, virasse importador da fruta. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas, elaborado em 2002, estima que a devastação do cacau na Bahia provocou, nos últimos quinze anos, um prejuízo que pode chegar à astronômica cifra de 10 bilhões de dólares. Mas, na mesquinharia política dos sabotadores, o plano foi um sucesso. Em 1992, no primeiro pleito depois da devastação, Geraldo Simões elegeu-se prefeito de Itabuna pelo PT – e presenteou os quatro companheiros de sabotagem com cargos em sua gestão. Everaldo Anunciação foi nomeado secretário da Agricultura – cargo que deixaria dois anos depois, sendo substituído por Jonas Nascimento, o outro petista sabotador. Wellington Duarte, também membro do grupo da sabotagem, ficou como chefe-de-gabinete do prefeito. E Eliezer Correia ganhou o cargo de secretário de Administração e Finanças. Como não pertencia ao PT, Franco Timóteo não ganhou cargo algum na prefeitura. Em 1994, com o recrudescimento de suspeitas de que a vassoura-de-bruxa fora uma sabotagem, ele resolveu deixar Itabuna e mudar-se para Rondônia. O prefeito lhe deu um cheque de 250.000 cruzeiros reais (o equivalente a 800 reais hoje) para ajudar nas despesas da viagem – paga, para variar, com dinheiro público. A operação consta da contabilidade da prefeitura, em que está registrada sob o número 2 467, e informa que o beneficiário era mesmo Franco Timóteo, mas, providencialmente, não há processo descrevendo o motivo do pagamento. "É estranho. Se havia algum processo, sumiu", diz o atual prefeito, Fernando Gomes, do PFL.

Anderson Schneider
Francisco Lima, ex-presidente da UDR, foi a primeira vítima: de barão a vendedor de cerveja
Nos últimos anos, Franco Timóteo tem sido assaltado pelo remorso do crime que cometeu. Um dos atingidos era seu parente. Silvano Franco Pinheiro, seu primo, tinha uma empresa de exportação de semente de cacau que chegou a faturar 30 milhões de dólares por ano. "Perdi tudo", conta Pinheiro, que, há seis anos, ouviu a confissão de Franco Timóteo. "Falei para ele sumir da cidade porque seria morto", conta o primo. Para expiar sua culpa, Franco Timóteo também fez sua confissão para outro fazendeiro, Ozéas Gomes, que chegou a produzir 80.000 arrobas de cacau e empregar 1.400 funcionários – e hoje mantém ainda um padrão confortável de vida, mas emprega apenas 100 funcionários, A produção caiu para 15.000 arrobas. "Quando ouvi a história, fiquei com muita raiva. Mas, depois, ele explicou que não tinha idéia da dimensão do que fazia..." No fim do ano passado, Franco Timóteo confessou-se ao senador César Borges, do PFL baiano e plantador de cacau. "A história dele tem muitos pontos de veracidade diante do que a gente sempre suspeitou ter acontecido", diz o senador. O governador Paulo Souto, cujos familiares perderam tudo devido à vassoura-de-bruxa, também ouviu uma confissão de Franco Timóteo. O senador e o governador, porém, decidiram ficar em silêncio, segundo eles para evitar a acusação de exploração política.
Os acusados desmentem categoricamente qualquer envolvimento na sabotagem e dizem até que nem sequer conhecem Franco Timóteo. "Nunca vi esse louco", diz Geraldo Simões, que, no governo Lula, ganhou a presidência da Companhia das Docas da Bahia, da qual se afastou agora para concorrer a deputado federal pelo PT. "Essa história toda é fantasiosa", diz Eliezer Correia, que continua cuidando de cacau e hoje é chefe de planejamento da Ceplac, em Itabuna. "É um absurdo", diz Wellington Duarte, que, no atual governo, foi promovido a um dos chefões da Ceplac em Brasília. Everaldo Anunciação, que foi nomeado para o cargo de vice-diretor da Ceplac, diz que não liga o nome à pessoa. Jonas Nascimento – demitido a bem do serviço público na década de 90, voltou numa função comissionada, em 2003, no Centro de Extensão da Ceplac em Itabuna – é o único que admite conhecer Franco Timóteo, mas nega a história. Talvez seja o único a contar um pedaço da verdade. Ouvido por VEJA, o publicitário Ithamar Reis Duarte, ex-secretário de Meio Ambiente na gestão do petista Geraldo Simões, conta que essa turma toda – Franco Timóteo e os petistas – é de velhos conhecidos. "Era um grupo que se reunia sempre para planejar ações", diz ele, que participou de alguns encontros. "Fazíamos reuniões até no meu escritório. Se alguém negar isso, estará mentindo."



Informação: Porque a iniciativa e o real motivo do nome ''projeto replante''?


SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NOS NEGÓCIOS: 
Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral.





Desde o ano de 1.996 eu MADASR - Marcos Antonio da Silva Rosa, assumir a postura de ter compromisso verdadeiramente com algo ligado ao social, escolhi um meio, digo, o meio ambiente para dar a minha contribuição naquilo que com certeza vai ser de grande relevância para a próxima geração. Isso nasceu em mim devido ao que ocorreu no passado, observe as fotos...





É isso mesmo meus caros, esse ai nas fotos sou eu a quase vinte anos atras! Antes de dar continuidade ao texto eu quero salientar que todos nós seres humanos somos passivos de erros e falhas, mas também somos dotados de virtudes que devem ser praticadas como o amor ao próximo, o arrependimento, o perdão e o fazer o bem sem olhar a quem!!! Mesmo me considerando já perdoado pela mãe natureza, afinal mãe é mãe, já a algum tempo trago comigo a vontade de expandir cada vez mais a minha ideia com o objetivo de espalhar essa semente (literalmente), se possível para os quatros cantos do mundo, se assim não for, pelo menos para o máximo numero possível de pessoas conscientes e movidas pelo mesmo sentimento, agora quero dar oportunidade a pessoas que tem vontade e querem abraçar a causa junto comigo dando a sua parcela de contribuição a qual a mesma ira lhe dar o retorno no futuro, para si mesmo e para sua descendência na próxima geração.


NÃO FAÇAM ISSO EM CASA:
Ainda hoje eu olho para as fotos com pesar no coração, na época fiz isso por falta de uma instrução maior e também por real necessidade financeira mesmo ( mais na frente, na nota entenderas  o porquê). Já homem feito, consciente mais do que nunca posso dizer com propriedade, não façam isso em casa!!! Digo isso hoje porque sou contra esse e qualquer outros tipo de danos e degradação causados ao meio ambiente. Nunca neguei, sempre assumi esse ato falho que cometi, me arrependi e muito pelo feito, mas o lado bom disso foi que pude tirar uma grande lição, houve um despertar em mim, passei a ser mais consciente como dito antes, passai a me preocupar de fato com a causa ambiental, porque quando você vive a situação a coisa é completamente diferente, digo isso porque estou acostumado a ver por ai discursos vazios que muitos propagam mas na verdade não passa de jogo de interesses ou simplesmente puro marketing! Bom, se Fulano, Beltrano ou Siclano estão ou não fazendo a parte deles eu não sei ao certo, só sei que, eu sim estou fazendo a minha parte com a mão no arado!



NOTA:
Até onde tenho conhecimento eu faço parte já da quarta geração de uma família tradicional do sul da Bahia de produtores de cacau. Como é do conhecimento de todos o cacau é o fruto que da origem ao chocolate. Agora eu convido o prezado leitor para ler mais essas pouca linhas onde há um resumo do que aconteceu de fato na região cacaueira e entender o que levou a mim e a tantos outros produtores de cacau a tomar aquela atitude desesperadora de cometer o desmatamento nas próprias terras.

RESUMO DA OPERA: MONILIOPHTERA PERNICIOSA = VASSOURA DE BRUXA
Mais precisamente no ano de 1.989 a praga chamada vassoura de bruxa aportou no sul da Bahia, muitos fazendeiros viram as suas lavouras de cacau serem dizimadas por essa terrível praga devastadora, em alguns casos destruiu plantações inteiras de cacau levando à falência os antes ricos (descendentes de) coronéis como eram conhecidos os donos dessas fazendas, mas a mesma veio também a afetar os não tão abastados, ou seja, a praga veio para todos os produtores sem distinção, pequenos, médios e grandes todos foram atingidos. Muitos ficaram literalmente na miséria e passaram a viver de favor e ainda outros tiveram a suas terras confiscadas pelos bancos credores devido a falta de pagamento do chamado penhor agrícola, mas o baque maior foi ver que muitos não suportaram a dor da perda e atentaram contra a própria vida, cometeram o suicídio!

Enfim um verdadeiro caos se instalou aqui por essas bandas. As alternativas que restaram foram: continuar o cultivo e conviver com a praga da vassoura de bruxa combatendo-a até a ciência dos órgãos governamentais ligados a lavoura cacaueira apresentarem uma solução ou cortar o mal pela raiz literalmente! Foi o que muito fizeram, destruíram o que restou das suas plantações cortando tudo e tocando fogo supondo estar eliminando o fungo transmissor da doença, mas tudo debalde. Outra ideia foi a de introduzir outras culturas, seria a solução não fosse por um detalhe, pois para uma região onde a monocultura do cacau sempre foi predominante a seculos, a essas alturas era improvável obter exito imediato, digo a curto e médio prazo no que se fizesse, infelizmente... 

Vimos muito darem com os burros n'agua nessa aposta, pois a muitos faltava-lhes a experiencia ou aprofundamento em outras culturas, agora muitos se viam em uma outra situação talvez pior do que a anterior, sem cacau, sem outro cultivo, sem dinheiro e sem credito! A salvo mesmo se manteve foi quem soube diversificar e investir, ou seja, quem tinha suas economias guardadas, quem tinha outras fontes de renda e quem de fato tinha NOHALL para produzir outras coisas, como se diz por aqui, quem soube fazer o seu pé de meia direitinho foi quem se deu de bem! O fato é que nos tempos áureos a região era mais conhecida como a terra dos poderosos coronéis do cacau, depois da maldita praga vassoura de bruxa os cacauicultores dessa região passaram a ser mais conhecido por intermédio de um jargão muito popular aqui que é o seguinte: ''PAIS RICOS, FILHOS NOBRES, NETOS POBRES'', dura realidade para muitos!




Mas graças a Deus, Deus misericordioso como ele é, deu inteligencia aos estudiosos e de lá para cá as coisas mudaram e muito, a ciência tem colaborado, estudos estão sendo intensificados em busca de soluções para a importante lavoura cacaueira que tem dado sinais de reação com a biotecnologia do cacau clonal criando especies mais resistente a vassoura de bruxa e mais produtivas.


NA PRÓPRIA PELE: 
Na minha experiencia pessoal, eu mesmo convivi face a face com essa praga na minha propriedade, vi a produção cair drasticamente, tive que mexer no quadro funcional e dispensar trabalhadores (outro grande problema instalado em toda a região onde atinge a marca de mais de 3 milhões de habitantes), na atividade rural andando pelas quadras via as folhas e os galhos do pé de cacau que no dia anterior eram verdes e viçosos no outro dia estarem secos e esturricados realmente fazendo jus ao nome vassoura de bruxa! Vi também aberrações da natureza nos próprios frutos do cacau, ainda no pé em fase de desenvolvimento o fruto crescendo e tomando forma pasmem de morango!!! (e outras frutas!). 



Mesmo com toda a situação calamitosa onde todos os esforços no combate a essa praga pareciam que eram em vão, a fé e a esperança ainda estavam comigo, o trabalho de manejo era dobrado e constante o combate a vassoura de bruxa. Nesse ínterim vários madeireiros vindos do estado do Espirito Santo começaram a migrar para a região de olho no filão das nossas madeiras, muitos fazendeiros de imediato começaram a derrubar suas arvores e fazer pastos para gado e plantar outras coisas, a principio eu não queria fazer aquilo na minha área, eu resistir até onde pude, mas já com poucos recursos em dado momento me vi em uma situação de aperto onde a alternativa foi ceder e derrubar algumas arvores, mas no meu intimo eu tava dizendo para mim mesmo que um dia iria repor a natureza aquilo que derrubei e ia fazer até mais... Esse é o resumo dessa minha historias e o ponto de partida para a criação do projeto ''replante''.

O PROPOSITO:
A alguns anos venho desenvolvendo o projeto com um amigo e mantendo parcerias com algumas empresas do ramo agrícola com o objetivo de produzir sementes e mudas em larga escala para comercialização ao mesmo tempo também com o proposito de manter o avanço da sustentabilidade. Através do meu projeto ''replante'' venho estender o convite a todos os que quiserem se engajar nesse movimento favorável a natureza ao meio ambiente, colocar de pé o que foi derrubado, insistir em por a mata de pé, isto é, plantar e replantar sementes e mudas. Hoje dispomos de uma estrutura montada onde podemos atender as pessoas de todo o Brasil que quiserem adquirir nossas sementes e mudas, o nosso carro chefe são mudas de cacau clonal, seminal e haste para enxertia. Dispomos também de outras especies frutíferas e de essências florestais. Em breve estaremos colocando o nosso porte-folio completo a disposição.

Ass: Marcos Antonio da Silva Rosa - cacauicultor